sábado, 26 de março de 2011

Os Protagonistas



Rei D. João I (cognome: o de boa memória)

D. João I, também conhecido como mestre de Avis, nasceu em 1358 e morreu em 1433. Foi o primeiro rei da Dinastia de Avis, e ficou célebre na história ao assegurar a independência de Portugal vencendo os Castelhanos na Batalha de Aljubarrota. Foi no seu reinado em que se iniciou a empresa dos descobrimentos com a conquista de Ceuta em 1415, da qual fez parte.










Infante D. Henrique

O Infante D. Henrique nasceu no Porto em 1394 e foi o quinto filho do Rei D. João I. Entre os diferentes cargos que exerceu, ter sido um dos grandes impulsionadores dos descobrimentos Portugueses foi, sem dúvida, aquilo em que mais se destacou. Coube a ele a organização e a coordenação das viagens de exploração da costa Africana e do Oceano Atlântico. Chama-se, portanto, ao período de tempo compreendido entre 1417 e 1460 (data da sua morte) período Henriquino, por ter sido durante este tempo que ele esteve à frente da expansão marítima Portuguesa. Durante o período Henriquino, foi redescoberta a Ilha da Madeira e Porto Santo, descoberto e colonizado o Arquipélago dos Açores, o Cabo do Bojador foi dobrado e as caravelas Portuguesas navegavam já as costas de Serra Leoa.

Gil Eanes

Gil Eanes foi um importante navegador Português que ficou conhecido por ter sido o primeiro a dobrar o Cabo Bojador em 1434 a pedido do Infante D. Henrique.











Rei D. Afonso V (cognome: o Africano)

D. Afonso V nasceu a 1432 e morreu em 1481. O seu reinado durou 33 anos e foi o terceiro rei da Dinastia de Avis. O seu cognome está relacionado com as expedições militares no norte de África. Ao contrário do seu precedente, investiu em conquistas no norte de África invés duma política expansionista. Conquistou Tânger, Arzila e Alcácer-Ceguer, as quais eram praças norte Africanas. O objectivo era não deixar Ceuta isolada. No seu reinado foi também assinado o contrato de 5 anos (1469 - 1474) com o mercador Fernão Gomes para que os descobrimentos não fossem deixados de parte. 






Fernão Gomes

Fernão Gomes foi um rico mercador de Lisboa que ficou conhecido na história por ter feito um contrato com a coroa D. Afonso V. O contrato consistia na exploração ocidental Africana percorrendo 100 léguas para sul e pagando 200 mil réis ao rei anualmente. Durante os 5 anos que durou o contrato (1469 - 1474), Fernão Gomes e os seus navegadores descobriram as ilhas de São Tomé e Príncipe e chegaram até ao Cabo de Santa Catarina.

Rei D. João II (cognome: o Príncipe Perfeito)

D. João II nasceu em 1455 e morreu em 1495. Desde cedo interessou-se na empresa dos descobrimentos. Em 1474, no fim do contrato com Fernão Gomes, ele mesmo responsabilizou-se pelas viagens de exploração da costa ocidental Africana e logo traçou um novo objectivo: chegar à Índia por mar através de uma passagem pelo oceano Índico. Nesse âmbito, enviou Afonso de Paiva e Pêro da Covilhã em viagens terrestres para avaliar a possibilidade de alcançar a Índia via marítima. Para além disso, organizou viagens no oceano Atlântico para a concretização do mesmo feito. Muitos foram os navios que naufragaram por acção das rochas e correntes marítimas que formavam o terrível Adamastor.  No entanto, em 1488, Bartolomeu Dias dobra o Cabo das Tormentas no extremo sul de África descobrindo uma passagem para o Índico.
Em 1494, assina com Castela o Tratado de Tordesilhas. Um tratado que reflectia a rivalidade Luso-Castelhana e as suas políticas de sigilo: as descobertas não eram reveladas entre os dois reinos. Mas, por vezes, eram encontrados espiões em ambos os reinos. No tratado foi determinado que a área de influência Portuguesa estaria até 370 léguas para ocidente de Cabo Verde. Seriam portanto as Antilhas terra Castelhana (que estes pensavam ser a costa da Ásia), e Portugal assegurava o seu projecto principal: manter a Índia como sua e quiçá o Brasil...

Bartolomeu Dias

Bartolomeu Dias nasceu a 1450. Foi um dos navegadores chave de D.João II para a descoberta de uma passagem via marítima para o Oceano Índico.
Em 1488 conseguiu dobrar o Cabo das Tormentas acabando por fim a lenda do Adamastor. Foi atribuído a este cabo o nome de Boa Esperança por que abriu grandes expectativas à concretização do "Plano das Índias" lançado por D. João II.
Curiosamente, Bartolomeu Dias morreu num naufrágio no Cabo em que dobrou, na expedição de Pedro Álvares Cabral.






Vasco da Gama

Vasco da Gama nasceu em Sines por volta de 1460. Ficou conhecido por descobrir o caminho marítimo para a Índia em 1498 concretizando assim o sonho do falecido D. João II (este grande feito decorreu no reinado de D. Manuel I que lhe concedeu o título de Dom depois de ter chegado da Índia). Quando Vasco da Gama lá chegou concluiu que os Indianos não comercializavam com os Portugueses facilmente.
Nos finais da sua vida e graças ao seu conhecimento militar, Vasco da Gama tornou-se Vice Rei da Índia. Morreu a 1524 em território Indiano.






Vice-Rei Francisco de Almeida

D. Francisco de Almeida nasceu em 1450 e foi o primeiro Vice-Rei da Índia. Governou a Índia desde 1505 até 1509 e morreu em 1510.
A sua política baseava-se na centralização do poder no mar apoiado por algumas fortalezas em terra. Nos finais da sua vida procurou a vingança da morte do seu filho.













Vice-Rei Afonso de Albuquerque

Afonso de Albuquerque nasceu em 1453 e foi o segundo Vice-Rei da Índia. O seu reinado começou em 1509 e terminou com a sua morte. Ao contrário do seu precedente D. Francisco de Almeida adoptou uma política de pontos estratégicos de forma a governar o comércio do Ocenano Índico. Para este efeito conquistou Ormuz, Goa e Malaca, e uma das suas embarcações chegou a descobrir Timor. Foi caracterizado como sendo feroz em batalhas e possuir genialidade militar.










Pedro Álvares Cabral

Pedro Álvares Cabral nasceu em 1467 ou 1468 e morreu em 1520, ficou conhecido por ter descoberto o Brasil. Em 1500 partiu de Lisboa Álvares Cabral e a sua frota de 13 navios com rumo à Índia com o objectivo de estabelecer relações comerciais com os indianos. No entanto, quando passava por Cabo Verde as embarcações desviaram-se e aportaram no Brasil. Não se sabe se foi propositado ou se foi ao acaso, a verdade é que a carta de Pero Vaz Caminha (o escrivão da embarcação) não mostrou muito espanto sobre este local e quem o habitava. Ao Brasil foi-lhe primeiramente atribuído o nome de Terra de Vera Cruz só mudando de nome mais tarde para Brasil, devido ao pau-brasil característico deste local.

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